Quem passa pelo CAJE (Centro de Atendimento Juvenil Especializado) ver muros altos e arames farpados cobrindo todo o centro. Agentes prisionais vigiam para que nada fuja dos seus olhos. O CAJE funciona como Centro de Reabilitação de Menores Infratores, meninos que cometeram crimes e pagam suas penas de forma mais humanizada, ou, pelo menos, deveria ser assim.
A antiga FEBEM, hoje Fundação Casa, outro reformatório para menores, não era só mais um centro de reabilitação, mas era uma verdadeira escola do crime. Os adolescentes eram maltratados, agredidos e o método de reabilitação não funcionava. Além da falta de infraestrutura e profissionais sem qualificação. Muitos saiam mais revoltados e sempre voltavam para a vida do crime.
No Paraná tem o Centro de Sócio Educação de Ponta Grossa, que serve de modelo para os demais estados. Se faz por lá um investimento em educação. Educadores humanizam e promovem a reinserção dos jovens a sociedade com trabalhos voltados para arte, música, educação e esportes.
É necessário que se faça uma política voltada para o social e psicológico desses menores infratores. Colocando-os em muros altos, cercados de arame não resolve o problema. Atividades que envolvam esportes, educação e cursos profissionalizantes são imprescindíveis nesses centros de reabilitação. O jovem precisa ter uma perspectiva de vida ao sair dali. É necessário oferecer opções para que esses jovens ao sair possam escolher a melhor. Seja uma profissão, um curso e algo que possa mantê-los longe do crime e devolve-los de forma mais humanizada a sociedade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário