quinta-feira, 12 de agosto de 2010

PRISÃO

Prisão, revolta, dor. Sem liberdade cria ódio, rancor. Não vive, sobrevive. Não fala, escolhe as palavras. Cuidado, é preciso. Se confiar em alguém, corre risco, se não confiar pode estar perdido. O pensamento é o melhor aliado. Pega o lápis, pega a folha, começa a escrever. As palavras o libertam, uma folha se vai e outras tantas a dizer.

PASSOU

Pensei que fosse o vento;
Amei sem ter beijado;
De muitas que se foram
Só restaram os retratos.
Menina que me iludiu
O que você quis fazer
Quem estave comigo
Nunca foi você.

OLHOS

Olhos verdes, azuis da cor do mar, castanhos, pretos, em qualquer lugar. O olhar da criança entristecida, dia 12 de outubro não teve presente da família. O olhar do policial observa o infrator e esse mesmo policial é observado pelo corregedor. O político com os olhos escancarados ver quanto dinheiro tem sem muito trabalho. O olhar do menino no farol que não pedi esmola, mas a oportunidade de também ter o seu lugar ao sol. Os olhos que não enxergam vão além da imaginação. Olhos secos com raiva, frio, sem compaixão.  O olhar que mostra a melhor direção, também é capaz de levar a perdição. Pare, observe o quão bonito é o lugar que você só sente falta quando não tem para onde olhar.  O olhar do empregador aprovou e depois desaprovou aquele outro só pela cor. O olhar sempre fala, mesmo que não seja em palavras.